domingo, 11 de junho de 2017

Saídas e caminhos, buscando ser a mudança que queremos ver no mundo

Em tempos de descrença na própria espécie humana, de falência de instituições, de devastação florestal, poluição dos corpos hídricos, esgotamento e contaminação do solo, exploração animal, do planeta  e do homem pelo homem, temos notícias de pessoas, grupos, associações e coletivos empenhados num novo modo de fazer as coisas, na difusão de  uma nova ética planetária e na ação de acordo com princípios que pressupõem respeito por todos os seres.
Neste mês de junho estou buscando trazer referências inspiradoras de pessoas que buscam qualidade de vida, que acreditam no seu potencial, na sua arte, que apresentam alternativas possíveis e experiências que contribuam para que possamos fazer melhores escolhas. À medida que fui descobrindo essas propostas, outras foram se apresentando. Como uma rede ou teia de saberes que se conectam, envolvendo mais gente que se sente incomodada e indignada e não sabe bem o que fazer mas quer se engajar em alguma causa pela vida, pelo planeta. Gente que faz seu trabalho mas não quer apenas lucro imediato. Que quer contribuir e fazer parte de uma nova construção, levando em conta o bem estar de todos.
A experiência do mutirão, que praticamente motivou a construção desse blog, me ensinou muito sobre convivência e negociação. Pessoas muito diferentes participaram e/ou apoiaram a causa de limpeza e plantio do largo. Ainda que muitos preferissem uma praça urbanizada, com aparelhos e equipamentos, houve um consenso de que mante-lo limpo e cercado já atendia boa parte das expectativas, mostrando que o lugar está sendo cuidado e que a comunidade não deseja ver ali um lixão ou um estacionamento. Venceu a natureza e a garça solitária continua dando o ar de sua graça. O manguezal já floriu e demonstra saúde e vigor. Está longe de ser perfeito. Ainda não atende a todos os anseios. Ainda recebe esgoto do entorno. A vegetação nativa ainda convive com a invasora. O cuidado não pode parar.
Que possamos aprender juntos e no coletivo encontrar saídas e caminhos. Que possamos de fato ser a mudança que queremos ver no mundo!

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